quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Juliet Naked



"It felt like one of those moments in a relationship... that would look completely innocuous to an outsider, but which were packed with meaning and aggression. Annie could imagine telling Ros at work that Duncan had gone absolutely nuts because she played a new CD when he wasn't at home, and Ros would be suitably appalled." It might well have seemed a minor and innocuous incident, were it not that Hornby's genius is precisely for empathising in this way; for describing the small, private details of a relationship; the fleeting thoughts that cumulatively amount to a person's feelings for another.

http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/books/reviews/juliet-naked-by-nick-hornby-1777581.html

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

leave it be



Meu iPod faz as vezes de oráculo. Ligo no aleatório e voilá... hoje veio essa música do Hellacopters, sugerindo a coisa mais dura de se fazer quando se está com os nervos à flor da pele. Leave it alone. Go home. Give the other cheek. Enfim, essas providências que você, no fundo, sabe que deve tomar e que envolvem, necessariamente, contar até dez e não sucumbir aos ímpetos mais babacas: socar alguém, correr atrás de alguém mais ou menos só para não estar só, encher a cara, comprar o shopping inteiro, enfim, fazer qualquer coisa somente para apagar um sentimento angustiante dentro do peito que, normalmente, não se sabe bem a origem.

Se eu aprendi alguma coisa de útil nesses tempos de solteirice, que querendo ou não são as épocas em que você é capaz de realmente se conhecer, foi não sucumbir a eles, na maioria das vezes. Perceber que, se estou me sentindo realmente triste, não vai ser uma dose de pinga que vai resolver, não vai ser um vestido novo, não vai ser pedindo conselho, não vai ser xingando, não vai ser agindo. Leave it be é a única alternativa. Esperar passar. Depois da tempestade, o sol volta a brilhar. Ou não. Você não vai morrer por isso. Sempre sobrevive.

A segunda coisa que estou tentando fixar nesse meu cerebrozinho é que essa não-atitude serve tanto para fatos que te chateiam como para pessoas. As pessoas visivelmente enlouquecem na sua frente algumas vezes. Elas têm o direito de fazê-lo, da mesma forma que você o faz de vez em quando. Só não vale entrar na onda delas. Tentar desesperadamente fazê-las se sentir melhor, embarcar em chantagens emocionais gratuitas que, no fim, não têm a ver com você, mas com aquela angústia que elas estão sentindo e que não sabem muito bem a origem. Deixar passar. Leave it be. Leave it alone. Repeat.